Quem sou eu

domingo, 26 de março de 2023

As Epidemias e Pandemias que Assolam o Nosso Planeta

 Por Ricardo R. Barros


        O Planeta Terra é apenas um, dentre os infinitos mundos existentes em todo o universo físico. Só na nossa galáxia, a Via Láctea, estimando-se, por baixo, devem existir trilhões de quintilhões de planetas.
            
            Com toda essa infinitude de planetas, a Terra não passa de uma "cabeça de alfinete", em se tratando de tamanho, com relação a outros existentes. Além de ser "minúsculo", na escala evolutiva dos Espíritos que nela habitam(encarnados e desencarnados), somos considerados como um mundo de provas e expiações. Isso significa que, partindo de uma escala de ordem ascendente, agora é que atingimos a 2ª posição. Ou seja, no processo evolutivo, só estamos acima dos mundos primitivos. Desta forma, é natural que a Terra seja assolada por intempéries de todas as ordens: erupções vulcânicas, tempestades, furacões, tornados, tsunamis, invernos glaciais, secas, terremotos etc. Tudo isto faz parte de um mundo nesse estágio de evolução. Entretanto, com relação ao que a Terra já foi anteriormente, ou seja, um mundo primitivo, não podemos nos queixar. Ela já foi muito pior no passado.

          Fora as ocorrências naturais, que devastam o planeta e dizimam milhares de pessoas, nós, que somos os habitantes do "planeta azul", como se não bastasse, ainda provocamos outros tipos de calamidades, pela nossa irresponsabilidade e senso primitivo de destruição, em vários aspectos, e com isto, colocamos a vida em nosso mundo em sério risco de extinção.

         É importante considerarmos que todos esses fatos, excetos os provocados pela nossa incúria, estão atrelados a lei de causas e efeitos, cujos propósitos são os de corrigir; de educar; de restabelecer a trajetória dos Espíritos, em direção ao bem e ao amor. 

         O nosso livre arbítrio nos permite tomar as decisões que quisermos, mas precisamos entender que seremos responsáveis pelas consequências que decorrerem de todas elas. Como nos ensinam os Espíritos superiores: "A semeadura é livre. Mas a colheita é obrigatória".

        Recentemente, atravessamos por uma grave pandemia. A da COVID19. Essa doença dizimou milhares de pessoas em todo o planeta. Não iremos aqui falar de outras pandemias ocorridas no passado, como a gripe espanhola, por exemplo, que assolou o mundo de 1918 a 1920, infectando cerca de 500 milhões de pessoas, e deixando um enorme "rastro" de morte. Para o propósito deste artigo, a COVID19 será suficiente para explicarmos a causa desse tipo de ocorrência em nosso mundo. Como já dissemos, tudo isso faz parte das provas e expiações.

         Segundo o relatório da ONU, de 2022, a população mundial já superou a marca de 8 bilhões de pessoas. Os Espíritos nos informam que, no plano espiritual, temos cerca de 6 a 7 vezes mais pessoas desencarnadas. Fazendo uma simples operação de multiplicação, temos algo em torno de 56 bilhões de Espíritos na Terra, entre encarnados e desencarnados. Sei que o tema: morte, não é muito bem-vindo por uma grande maioria das pessoas, mas, no caso aqui em questão, não podemos ignorá-lo. Raciocinemos: todos nós sabemos que a morte do corpo físico é inevitável. Isso é um fato. De um jeito ou de outro, todos nós iremos morrer e desencarnar(são duas coisas distintas. Vide artigo desse blog que trata desse assunto). faz parte da lei divina. Quando ocorre um evento que provoca desencarnações em massa, como o caso de uma pandemia, por exemplo, isso faz parte de uma espécie de saneamento do planeta. Primeiramente pela lei de causa e efeito(só perece por causa dessas enfermidades aqueles que estão enquadrados nesse tipo de prova ou expiação). Segundo, por uma questão de preservação do próprio planeta. 

         A Terra tem um limite de estoque de recursos naturais que são imprescindíveis para a sustentação de toda a vida física. Um número de pessoas em excesso faz com que esses recursos sejam consumidos antes do tempo previsto. Portanto, Deus, na Sua sabedoria, e por intermédio de leis imutáveis e preestabelecidas, faz com que, vez por outra, haja desencarnes coletivos. Porém, seguindo ainda sua suprema inteligência, para a realização desses eventos em massa, ele reúne aqueles que estão comprometidos com esse tipo de situação. Para algumas pessoas, espíritas ou não, os resgates, sejam individuais ou coletivos, parecem ser um tipo de punição, e até mesmo cruéis. Mas não nos esqueçamos que Deus leva em consideração o Espírito, que é infinito e imortal, e não o corpo físico que, para Ele, é apenas uma roupa; apenas um instrumento de evolução descartável. 

      Apesar de todo sofrimento que essas pandemias causam, tanto para os que por ela perecem, quanto para aqueles que sofrem com as perdas, a natureza é sempre sábia. Ela sempre tira de um lado mas repõe de outro. Basta analisarmos com que rapidez a ciência conseguiu produzir as vacinas que salvaram tantas pessoas que poderiam morrer sem elas. Também vale à pena observar-se que, em todos os graves momentos de dor, pelos quais a humanidade se curva, a solidariedade desperta nos corações de muitas pessoas, que saem em auxílio daqueles mais necessitados. E é nessas horas que dentre todas essas pessoas que se empenham na caridade para com os próximos, que uma parte delas acorda para a realidade e fragilidade da vida, e mantém, de forma determinada, a convicção de que existem pessoas carentes de muitas coisas no mundo, e com isso passam a ter o sentimento de fraternidade constante em suas vidas, criando o hábito do altruísmo. Cada pessoa que age em benefício de outros é um ponto de luz a mais na Terra.

        Por mais que não entendamos e/ou aceitemos esses eventos que são comuns no nosso planeta, não podemos esquecer de que Deus está sempre no controle. Nenhuma dessas coisas podem ser vista como castigos divinos ou que são coisas de um ser diabólico, que vive disputando almas com Deus. É por isso que até o momento, sou espírita! Porque, de todas as religiões que conheci, até o momento, nenhuma delas me explicou melhor sobre Deus e Suas leis. Hoje, consigo entender muitas coisas que antes não tinhas respostas ou explicações racionais. 

        Sigamos em frente, no "barco" da vida, temos Jesus como "comandante" da embarcação.



            

            
    

sábado, 25 de março de 2023

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

  Por Astolfo O. de Oliveira Filho


 1. Como o Espiritismo encara os transplantes de órgãos?

O assunto não foi, evidentemente, tratado por Kardec, mas o Dr. Jorge Andréa, no seu livro "Psicologia Espírita", págs. 42 e 43, examinando o tema, assevera que não há nenhuma dúvida de que, nas condições atuais da vida em que nos encontramos, os transplantes devem ser utilizados. "A conquista da ciência é força cósmica positiva que não deve ser relegada a posição secundária por pieguismos religiosos. Por isso, chegará o dia em que poderemos avaliar até que ponto as influências espirituais se encontram nesses mecanismos, a fim de que as intervenções sejam coroadas de êxito e pleno entendimento".

Perguntaram a Chico Xavier se os Espíritos consideram os  transplantes de órgãos prática contrária às leis naturais. Chico respondeu ("Entrevistas"): "Não. Eles dizem que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com segurança e proveito".

2. Todos podemos doar nossos órgãos ou há casos em que isso não se recomenda?

É claro que todos podemos. A extração de um órgão não produz reflexos traumatizantes no perispírito do doador. O que lesa o perispírito, que é nosso corpo espiritual, são as atitudes incorretas perpetradas pelo indivíduo, e não o que é feito a ele ou ao seu corpo por outras pessoas. Além disso, o doador desencarnado é, muitas vezes, beneficiado pelas preces e pelas vibrações de gratidão e carinho por parte do receptor e de sua família. A integridade, pois, do perispírito está intimamente relacionada com a vida que levamos e não com o tipo de morte que sofremos ou com a destinação de nossos despojos.

Há casos, no entanto, que a doação ou a extração de órgãos não se recomenda. No dia 6 de fevereiro de 1996, atendemos um Espírito em sofrimento, que recebera o coração de um jovem morto num acidente, o qual, sem haver compreendido que desencarnara, o atormentava no plano espiritual, reclamando o coração de volta. Curiosamente, o Espírito que recebera o órgão sabia estar desencarnado e lembrava até haver doado as córneas a outra pessoa.

Indagaram a Chico Xavier: "Chico, você acha que o espírita deve doar as suas córneas? Não haveria nesse caso repercussões para o lado do perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas momentos após a desencarnação do indivíduo?". Respondeu o bondoso médium mineiro  ("Folha Espírita", nov/82, apud "Chico, de Francisco", pág. 84): "Sempre que a pessoa cultive desinteresse absoluto em tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer remuneração, nem mesmo aquela que a pessoa humana habitualmente espera com o nome de compreensão, sem aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um ponto de evolução em que a noção de posse não mais a preocupa, esta criatura está em condições de dar, porque não vai afetar o perispírito em coisa alguma. No caso contrário, se a pessoa se sente prejudicada por isso ou por aquilo no curso da vida, ou tenha receio de perder utilidades que julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada ao apego a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a morte do corpo, se inclinará para reclamações descabidas, gerando perturbação em seu próprio campo íntimo. Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos objetos, das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se perturbará".

Anos depois dessa resposta, registrou-se o caso Wladimir, o jovem suicida que foi aliviado em seus sofrimentos post-mortem graças às preces decorrentes da doação de córneas por ele feita, mostrando que, mesmo em mortes traumáticas como essa, a caridade da doação, quando praticada pelo próprio desencarnante, é largamente compensada pelas leis de Deus. (O caso Wladimir é narrado no livro “Quem tem medo da morte?”, de Richard Simonetti.)

 


CREMAÇÃO

  Por Astolfo O. de Oliveira Filho


  1. A Igreja Católica admite a cremação de cadáveres humanos?

 A incineração dos cadáveres humanos remonta à antiguidade. Na Idade do Ferro já existiam as necrópoles de incineração, como os "campos de urnas" de Alpiarça, atribuídos à época céltica, e a necrópole de Alcácer do Sal, 300 anos a.C. A cremação constituía regra na Grécia primitiva e entre os romanos e ainda hoje é costume em várias regiões do globo, como a Índia e Portugal.

A Igreja, já nos primórdios do Cristianismo, proibia a cremação, e o Clero romano a condena até nos dias atuais, certamente por coerência com o dogma da ressurreição dos corpos, definido no 4o. Concílio de Latrão e confirmado no 11o. Concílio de Toledo, realizado em 675.

O Código de Direito Canônico estabelece no cânon 1240, 5o, estarem privados de sepultura eclesiástica os que mandarem, antes de morrer, cremar o seu corpo, além do que não farão jus a qualquer missa exequial e a nenhum outro ofício fúnebre.

2. Há vantagens na cremação de cadáveres?

Foi em 1774 que se iniciou o movimento pró-cremação, iniciado pelo abade Scipion Piattoli, o qual se expandiu pela Suíça, Alemanha, Inglaterra, França etc. Na França, uma lei de 1886 consagra o direito à escolha pela sepultura ou pela cremação.

No campo econômico, a vantagem da incineração é evidente. As despesas de funeral seriam reduzidas enormemente. O espaço físico destinado aos cemitérios não seria necessário. Ao invés de mausoléus, uma urna pequena resolveria o problema.

No aspecto higiênico ou sanitário, a cremação é a solução ideal. Alguns cientistas opinam pela incineração obrigatória em casos de morte por moléstia contagiosa, como tifo, varíola, escarlatina (doença infecciosa aguda, caracterizada por febre, erupção de pequenos pontos vermelhos e descamação em largas placas) e outras. Nas epidemias, só o fogo pode ensejar um saneamento em regra.

3. Há desvantagens na cremação de cadáveres?

No campo jurídico, apontam-se alguns argumentos contrários à cremação, pois, destruído o cadáver, a cremação impediria qualquer verificação post-mortem que se fizesse necessária.

No aspecto espiritual Léon Denis aponta uma desvantagem, pois que, em geral, a cremação provoca desprendimento mais rápido, mais brusco e violento da entidade desencarnante, sendo mesmo doloroso para a alma apegada à Terra. Determinados Espíritos permanecem algum tempo imantados ao corpo material após o transe da morte, como acontece principalmente com os suicidas.

O rompimento do cordão fluídico nem sempre se consuma num curto espaço de tempo. Nessas condições, o desencarnado é como se fosse um morto-vivo cuja percepção sensória, para sua desventura, continua presente e atuante. A cremação viria causar-lhe um angustiante trauma, o que seria "aumentar a aflição ao aflito".

4. Qual é a posição espírita sobre a cremação de cadáveres?

Além da posição, já vista, de Léon Denis, o que existe são posições esparsas. Richard Simonetti entende que, embora o cadáver não transmita sensações ao Espírito, este experimentará obviamente "impressões extremamente desagradáveis" se no ato crematório a entidade estiver ainda ligada ao corpo.

Paul Bodier acha que "a incineração, tal como se pratica entre nós, é, com efeito, prematura demais". Talvez, por isso a inumação devesse ser o processo normal, só se cremando os cadáveres com sinais evidentes de putrefação.

Emmanuel esclarece, através de Chico Xavier, que "a cremação é legítima para todos aqueles que a desejam, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório". (Veja "Pinga-Fogo na TV Tupi-SP", realizado em 1971.

Allan Kardec, ao que nos consta, não cuidou especificamente do assunto, o que equivale a dizer que a Doutrina Espírita não tem uma posição firmada sobre a cremação de cadáveres.

quinta-feira, 23 de março de 2023

MORTE

 Por Astolfo O. de Oliveira Filho


1. Existe alguma diferença entre morte e desencarnação?

Morte física e desencarnação não ocorrem simultaneamente. A pessoa morre quando o corpo denso deixa de funcionar, admitindo-se hoje, para caracterização do óbito, o conceito de morte encefálica, chamada também de morte cerebral. A desencarnação é outra coisa: a alma desencarna quando se completa o desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias.

Podemos valer-nos, assim, do vocábulo morte e do verbo morrer e seus derivados, como Kardec fartamente utilizou. (Ver o artigo "A morte na terminologia espírita", O Imortal de agosto/93, pág. 14).

Como nos diz André Luiz ("Estude e Viva, pág. 119): "Desencarnação é libertação da alma, morte é outra coisa. Morte constitui cessação da vida, apodrecimento, bolor".

Fixemos, assim, alguns conceitos, que serão fundamentais sobretudo quando tratarmos da extração de órgãos como coração, pulmão, fígado, rins e pâncreas, que, consoante o cardiologista Alfredo Inácio Fiorelli, coordenador da Central de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde de S. Paulo, devem ser retirados com o coração do doador ainda funcionando.

A morte encefálica, descrita pela primeira vez na França, na década de 50, significa que as estruturas vitais do encéfalo, necessárias para manter a consciência e a vida vegetativa, encontram-se lesadas irreversivelmente. Em outras palavras, o tronco cerebral não funciona, não existe mais a atividade cerebral, há total ausência de circulação sanguínea no cérebro e o eletroencefalograma mostrará o silêncio elétrico cerebral.

Não confundi-la com estado vegetativo, pois neste uma parte do cérebro ainda funciona, visto que a lesão terá atingido parte das células neurológicas, mas não as estruturas do encéfalo.

O Conselho Federal de Medicina estabeleceu, em 1991, através da Resolução no 1346, que a morte encefálica corresponde a um estado definitivo e irreversível de morte, podendo ser utilizada, sem qualquer dúvida, para a retirada de órgãos para transplantes.)

 ***

2. A alma só deixa o corpo após a cessação completa da vida orgânica?

Como regra geral tem-se que a separação da alma não se dá instantaneamente; ao contrário, ela se liberta gradualmente e não como um pássaro cativo que, de repente, ganhasse a liberdade. O ensinamento espírita é bem claro: rompidos os laços que a retinham ao corpo, a alma se liberta. (L.E., 155).

Há, porém, uma curiosa e importante exceção a esse princípio, como se vê na questão no 156 d' O Livro dos Espíritos, em que Kardec indaga: "A separação definitiva da alma e do corpo pode ocorrer antes da cessação completa da vida orgânica?". Resposta: "Algumas vezes, na agonia, a alma já deixou o corpo e não há mais que a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo e, entretanto, lhe resta ainda um sopro de vida. O corpo é uma máquina que o coração movimenta; existe enquanto o coração faz circular o sangue nas veias, e para isso não necessita da alma".  (Veja a tal respeito o ensinamento contido no item 136-A do Livro dos Espíritos, onde se diz que a vida orgânica pode animar um corpo sem alma, mas a alma não pode animar um corpo sem vida.)

Quando Kardec obteve essa resposta não existia o conceito de morte cerebral. Ele se reportava então, com certeza, ao coma profundo, com alguma atividade cerebral ou à própria morte encefálica. Ora, se na agonia isso pode se dar, podemos deduzir com razoável dose de certeza que na morte encefálica o corpo é como "uma máquina que o coração movimenta" e "para isso não necessita da alma".

André Luiz trata do tema no cap. XVI, Mecanismos da mente - Secção da medula, de "Evolução em Dois Mundos", em que nos diz:

 "... depois de seccionada a medula de um paciente se observa, de imediato, a insensibilidade completa, o relaxamento muscular, a paralisia e a eliminação dos reflexos somáticos e viscerais, em todas as partes que recebem os nervos nascidos abaixo do ponto em que se verificou o prejuízo."

Acrescenta André que essa paralisia e insensibilidade procedem do desligamento das regiões do corpo espiritual, correspondentes nos tecidos orgânicos e no cérebro, qual se desse a retirada da força elétrica de determinado setor.

Conclui André: "Semelhante desligamento, porém, não se verifica de todo, o que acarretaria, quando em níveis altos, irreversivelmente, o processo liberatório da alma com a desencarnação".

Com essas palavras, André está afirmando que, havendo uma lesão irreversível numa região do sistema nervoso central, ocorrerá desligamento das regiões do corpo espiritual correspondentes à zona atingida do corpo físico, e se a região lesada corresponder a níveis mais altos, isto é, regiões mais próximas do cérebro, ocorrerá o processo liberatório da alma. Ora, se a lesão irreversível atingir o próprio encéfalo, que é o centro regulador da vida, o desprendimento da alma se fará de forma automática.)

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3. Como se processa o desprendimento da alma, uma vez morto o corpo?    A prece pode ser útil ao desprendimento da alma?

De um modo geral, o Espírito continua ligado ao corpo enquanto são nele muito fortes as impressões da existência física. Indivíduos materialistas ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento. Essa demora no desprendimento é, no entanto, necessária, para que o desencarnante tenha menores dificuldades para ajustar-se às realidades espirituais.

O desprendimento começa pelas extremidades e vai-se completando na medida em que são desligados os laços fluídicos que prendem o Espírito ao corpo. No livro "Obreiros da Vida Eterna", cap. XIII, o instrutor Jerônimo informa que há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro mental, situado no cérebro. Essa foi a ordem em que ele atuou para facilitar o desprendimento de Dimas, descrito no referido livro.

A prece é muito útil no desprendimento do Espírito. Allan Kardec relata no livro "O Céu e o Inferno" o caso Augusto Michel, ocorrido em 1863, o qual pediu a um médium fosse até o cemitério orar no seu túmulo. O Espírito de Augusto Michel suplicou tanto, que o médium atendeu e, no próprio cemitério, ele comunicou-se agradecido, aliviado da constrição que antes o fazia preso ao corpo. Ao comentar o caso, Kardec indaga se o costume quase geral de orar ao pé dos defuntos não proviria da intuição inconsciente que se tem desse efeito.)

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 4. A perturbação que se segue à morte é um acontecimento normal?

Ernesto Bozzano, no seu livro "A Crise da Morte", após examinar 18 casos cientificamente documentados sobre as fases do fenômeno da morte, enumera em 12 pontos as suas conclusões. Dentre eles, destacamos os seguintes: a) todos afirmaram terem ignorado, durante algum tempo, que estavam mortos;  b) quase todos passaram por uma fase mais ou menos longa de "sono reparador"; c) os Espíritos dos mortos gravitam fatalmente e automaticamente para a esfera espiritual que lhes convém, por virtude da "lei de afinidade".

Léon Denis, em seu livro "Depois da Morte", explica que a separação da alma do corpo é seguida por um período de perturbação. Esse tempo é breve para o espírito justo e bom, que logo se separa com todos os esplendores da vida celeste, mas muito longo, às vezes durando anos inteiros, para as almas culpadas, impregnadas de fluidos grosseiros.

A perturbação que se segue ao momento da morte é tratada em minúcias nos itens 149 a 165 d' "O Livro dos Espíritos". O estado de perturbação é um fato natural em todos nós e varia de acordo com o grau de elevação moral do desencarnante (L.E., 163 e 164).)

O EVANGELHO NO LAR

Por Site: Espiritismo - Estudo.


“Sempre que se ora num Lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pela claridade espiritual que acende à volta. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O Lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam?” (Os Mensageiros, Cap. 37 – FEB- l944 )

Para Que Fazer O “Evangelho No LAR”? 

O cultivo dos bons pensamentos satura o ambiente doméstico de boas vibrações e facilita a presença dos benfeitores espirituais, que trazem amparo e inspiração necessários para superar as dificuldades que porventura surjam na vida. 

Orientações para a realização do “Evangelho no Lar” 

Escolher um dia e uma hora na semana em que seja possível a presença de todos os elementos da família, ou a maior parte deles. Caso não seja possível, nada impede que se faça o Evangelho no Lar estando só. O ideal seria transformar este período em que os componentes do lar se encontram à volta dos ensinamentos de Jesus em período de harmonia, aumentando a capacidade de compreensão e a possibilidade de vivenciar os ensinamentos do Mestre Jesus no dia a dia, tornando o ambiente mais tranquilo. Forçar as pessoas a participarem seria um ato de agressão e imposição que poderia provocar discórdias. Não esquecer que estamos sempre acompanhados dos benfeitores e quanto importante é cumprir com o horário escolhido. Os Irmãos Superiores têm trabalho, por isso a pontualidade e horário e dia fixos são importantes, até porque muitas vezes eles trazem, irmãos necessitados a assistirem a tal ato de harmonia para que aprendam o caminho da evolução. 

Iniciar a reunião com uma prece. 

Fazer a leitura do “Evangelho, segundo o espiritismo”, e comentários breves sobre os textos lidos, buscando a essência dos ensinamentos para a aplicação na vida diária, procurar mesmo comentar factos da semana que se enquadrem no texto apreciado. 

Procurar estimular a participação de todos os componentes, colocando o que foi entendido, com o objetivo de auxiliar a compreensão de todos os participantes. 

Não criar polémicas. 

Não alongar muito os comentários. 

Não esquecer que estamos com a companhia de amigos espirituais que desejam o nosso desenvolvimento e se mantêm a postos aproveitando as melhores oportunidades para nos incutirem melhores sentimentos e disposições para o bem. 

Fazer vibrações pelo lar onde o Evangelho se está a ser estudado; 

Para os presentes, seus parentes, amigos e vizinhos; 

Para a Paz na Terra; 

Para a implantação e a vivência do Evangelho em todos os lares; 

Para o entendimento fraternal entre todas as religiões; 

Para a cura ou melhoria de todos os enfermos, de corpo ou da alma, minorando seus sofrimentos e suas vicissitudes; 

Para o incentivo dos trabalhadores do Bem e da Verdade. 

Podem-se fazer também vibrações especiais, em casos concretos que preocupem os presentes e a sociedade. 

Fazer a prece de agradecimento e encerramento.

Evitar comentários ou conversação menos edificante durante o “Evangelho no Lar” e também durante toda a semana, para manter a harmonia recebida neste momento; 

Não suspender a prática do “Evangelho no Lar”, em virtude de visitas inesperadas, passeios adiáveis ou acontecimentos fúteis; 

As crianças só devem participar do “Evangelho no Lar”, quando tiverem idade ou mentalidade suficientes para acompanhar os trabalhos, sem inquietação ou fadiga. Elas podem e devem colaborar ativamente, segundo sua capacidade, quer nas preces, quer nos comentários; 

Embora a assistência do Plano Espiritual seja indispensável para o andamento normal de “O Evangelho no Lar”, acautelar-se para não transformar a reunião em trabalho mediúnico; a mediunidade e a assistência espiritual devem ser atendidas em Centro Espírita idóneo. 

JESUS NO LAR 

O Culto do Evangelho no Lar aperfeiçoa o homem. 

O homem aperfeiçoado ilumina a família. 

A família iluminada melhora a comunidade. 

A comunidade melhorada eleva a Nação. 

O homem evangelizado adquire compreensão e amor. 

A família iluminada conquista entendimento e harmonia. 

A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade. 

A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem. 

Espiritismo sem evangelho é fenómeno ou raciocínio. 

O Fenómeno deslumbra, o raciocínio indaga. 

Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo. 

Imprescindível conhecer o próprio destino. 

Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte. 

É necessário clarear o caminho. 

Do Evangelho no Lar depende o aprimoramento do homem. 

Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo. (de Emmanuel – psicografado por Chico Xavier)

JESUS CONTIGO 

Dedica uma das sete noites da semana ao culto do “evangelho no Lar”, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa. 

Prepara a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora.

Jesus virá em visita. 

Quando o lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. 

Quando a família ora, Jesus se demora em casa. 

Quando os corações se unem nos liames da Fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e a saúde derrama vinho de paz para todos. (de Joana de Ângelis, psicografada por Divaldo P. Franco)


Extraído do site: Espiritismo - Estudo.

quarta-feira, 22 de março de 2023

VIAGEM NO TEMPO. É POSSÍVEL?

Por Ricardo R. Barros


O tema é muito fascinante, e tem sido alvo de vários posicionamentos. Uns mais otimistas e outros menos. Não vamos aqui entrar nas afirmações e teorias feitas pela ciência material, ou do mundo terrestre. Essas, podem ser pesquisadas na internet, e cada um pode tirar as suas conclusões. Não é nosso propósito discuti-las. O que aqui nos propomos a tratar será sobre a visão espírita a respeito da viagem no tempo.

Para tratar dessa questão, com relação à posição do Espiritismo, precisamos refletir acerca de duas situações: a primeira é a de se viajar para o passado ou para o futuro. A segunda é sobre "assistir fatos do passado ou do futuro". 

Vejamos a questão sobre se viajar até o passado ou para o futuro. 

Sobre viagens ao passado:

Segundo os Espíritos nos ensinam, um Espírito ou individualidade não pode ocupar mais de um corpo simultaneamente, e nem pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Logo, por mais que esse tema seja interessante e atraente, a viagem ao passado não é possível. 

Vou dar um exemplo para ilustrar: digamos que eu, Ricardo, que nasci na década de 60, de alguma maneira volto no tempo para a década de 60 ou acima dela. Isto não seria possível, pois eu estaria encarnado nessa época. Mesmo que eu não encontrasse comigo mesmo, ainda assim estaria encarnado. 

Outra situação: digamos que Ricardo volte ao passado algumas dezenas de décadas antes dos anos 60, que foi a que ele reencarnou como Ricardo. É possível? Não! Isso porque Ricardo poderia estar encarnado, com outra personalidade, ou estar no plano espiritual, desencarnado. Neste caso, ele não poderia estar no plano físico, como Ricardo, e estar no plano espiritual ao mesmo tempo. Resumindo: nenhum de nós podemos voltar ao passado. 

Essas leis e condições se aplicam também aos Princípios Espirituais, que também são individualidades. 

Um determinado Princípio Espiritual, esteja ele animando um animal, uma planta, ou que esteja estagiando no reino mineral, também não pode ocupar mais de um lugar, no tempo e no espaço, de forma simultânea. Portanto, esse Princípio espiritual que esteja no tempo presente, não pode retornar ao tempo passado. Mesmo que ele se encontre no plano espiritual, ainda assim não será possível. 

Em resumo: Apesar de muitos de nós termos esse desejo de poder viajar no tempo, e ir até o passado, nesse caso específico, de acordo com as leis divinas não será possível. Apenas objetos inanimados, que não são Princípios Espirituais ou Espíritos, podem realizar essa façanha, desde que haja meios para isso, claro. Supondo existir uma máquina do tempo que viaje ao passado, eu poderia enviar, através dela, um livro, uma caneta, um relógio, enfim, algo que não fosse animado por um ser espiritual.

Precisamos entender que nós, enquanto seres humanos encarnados, não temos um Espírito ligados ao nosso corpo. Nós é que somos um Espirito ligado temporariamente a um corpo físico. Somos todos, individualidades que, a cada encarnação, assume uma personalidade diferente. Já tivemos diversas personalidades, e, com toda certeza, ainda teremos outras tantas, mas a individualidade, ou seja, o Espírito, que é o que somos, esse será sempre único. É comum as pessoas falarem coisas do tipo: "o meu Espírito se desdobrou; meu Espírito se desligou do corpo; meu Espírito foi ao futuro"; e outras similares, como se fossemos dois seres distintos: um ser que é o corpo físico e outro ser que é o Espírito. Isso não existe. Somos uma coisa só. Um Espirito que está, temporariamente, ligado a um corpo físico. Seja por vício de linguagem ou por desconhecimento, a verdade é que não foi o nosso Espírito que realizou algo. Fomos nós, que somos esse Espírito citado, que fizemos alguma coisa.

Digamos que alguém indague: "e se existir um multiverso? Uma realidade paralela? Nesse caso, poderiam existir N Ricardos em realidades diferentes. Aí sim, seria possível o Ricardo dessa realidade viajar para o passado, e encontrar outro Ricardo de uma outra realidade". 

Para responder a essa indagação, eu diria que, mesmo que isso fosse possível, mesmo existindo diversas realidades, iríamos incorrer no mesmo problema. Não poderia haver mais de um Ricardo em outras realidades, pois teríamos um mesmo Espírito ocupando mais de um lugar ao mesmo tempo. A não ser que cada Ricardo fosse um Espírito diferente. Mas aí não seria a mesma individualidade. Não seria o mesmo Ricardo.

Por mais que se deseje encontrar uma solução para essa questão, ela não existe. Na minha visão, a única forma de uma pessoa viajar no tempo, e retornar ao passado, seria se Deus modificasse as suas leis. E como todos nós sabemos, as leis de Deus são imutáveis.

CONCLUSÕES:

De acordo com o que aprendemos com o Espiritismo, todas essas teorias de viagens ao passado; de paradoxos; da existência de universos simultâneos, onde existiriam "cópias" de uma mesma pessoa; ou de realidades paralelas, onde em cada linha do tempo existiria uma mesma pessoa, só que transitando por destinos e caminhos diferentes; a possibilidade de se criar curvaturas no tempo, criando assim loops temporais, e com isso tornar possível retornar no tempo; além de tantas outras teorias, todas elas, sem exceção, não passam de sonhos; não passam de ficção; não passam de um desejo sublime que o ser humano possui de poder ir além dos seus limites. As leis universais não dão segundas chances para ninguém. Não podemos desfazer as ações do passado. Principalmente se essas ações forem erros cometidos. O que podemos fazer é nos prevenir para não errarmos. 

Sobre viajar para o futuro:

Com relação a viagens ao futuro, logo de antemão, não esbarraríamos com o problema de um mesmo Espírito estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, seja ocupando um corpo físico ou não. Voltando ao nosso exemplo, se eu, Ricardo, pudesse viajar no tempo, digamos, 100 anos na frente, ao século 22, como eu estou encarnado aqui, em 2023, não estaria ocupando mais de um lugar ao mesmo tempo. Portanto, em teoria, isso seria possível. Contudo, segundo a nossa ciência, e de acordo com as teorias existentes, isso ainda está muito longe de ser possível. Se é que um dia será.

Não podemos esquecer que somos Espíritos encarnados. Logo, temos um corpo físico. E se temos um corpo físico, ele, como matéria, está subordinado às leis que regem a matéria, ou seja, para que se possa viajar ao futuro, caso seja possível, nossos corpos físicos deverão cumprir as normas que todos os corpos materiais devem obedecer. Eles deverão atender aos mesmos requisitos.

Quanto a questão de se ir para o futuro, teoricamente, não existe problemas. Entretanto, ainda não temos tecnologia para isso, e por mais que o ser humano sonhe com essa possibilidade, caso alguém descubra uma maneira de realizar essa façanha, não será em curto período. E isso se realmente se conseguir realizar esta viagem.

Outra questão que torna este tipo de viagem ao futuro bastante improvável, é sobre a nossa moralidade. Será que Deus vai mesmo permitir que seres inferiores e ignorantes como nós ainda somos, no grau evolutivo em que nos encontramos, possamos realizar tal proeza? Acho muito improvável. Senão vejamos, qual de nós, ao ir ao futuro, não se sentirá tentado a ver as dezenas da "mega-sena da virada" por exemplo, e ao voltar fazer a aposta, com o propósito de enriquecer? Qual de nós resistirá à tentação de ver algo desagradável que irá acontecer com um ente querido nosso, e não querer impedir? Percebem que existem inúmeras situações desse tipo? Imperfeitos como somos, ainda presos ao egoísmo e ao orgulho, não saberíamos como lidar com essas situações. Este é maior de todos os problemas que nos impedem de realizar viagens no tempo.


 Vejamos agora, sobre a questão de: Assistir a eventos que ocorreram no passado ou que ocorrerão no futuro:

Eventos do passado:

Os Espíritos superiores nos ensinam que todos os mundos, sejam eles espirituais ou físicos, são feitos e envolvidos pelo Fluido Cósmico Universal. Todas as ações; todas as ideias; todos os pensamentos, ficam impressos nesse fluido. Esses registros são gravados com imagem e som, e ficarão arquivados para sempre. É possível se acessar esses registros e assisti-los, como se fosse um filme em uma tela de cinema. As restrições para isto não serão discutidas aqui. Mas que é possível é.

Da mesma forma, nós como individualidades, somos um conjunto de personalidades já vividas, além da atual que estamos vivendo. Todas as experiências; todos os conhecimentos; todas as informações relacionadas às nossas vidas anteriores e atual, se encontram arquivadas em nosso perispírito, para serem integradas, em um futuro distante, à nossa essência espiritual ou Espírito. É assim que, pelo processo de regressão de memória, podemos acessar determinadas existências anteriores, onde éramos outra personalidade. Hoje, eu não sou Ricardo! Eu estou Ricardo. Ontem, eu poderia ser João ou Maria, e pela regressão de memória, poderia acessar a vida que tive como João ou como Maria.

Seja qual for a situação, ou seja, tanto para se ter acesso às imagens gravadas no Fluido Cósmico, ou para se ter acesso às memórias de outras existências, é necessário termos autorização dos Espíritos superiores, e haver uma importante necessidade para isto. 

Eventos do futuro:

Todos nós sabemos que algumas pessoas podem, através da mente, ou em um processo de desdobramento, como no caso dos clarividentes, ir até um tempo futuro e presenciar fatos existentes naquele tempo. É possível sim, nesses casos, que essas pessoas retornem dessas viagens, retendo algumas, ou até mesmo todas as informações colhidas nessas viagens temporais. Entretanto, pessoas com essa capacidade, são raras. Alguns de nós, em determinadas situações, até podemos realizar esse feito, mas, dificilmente conseguimos recordar ou, só recordamos aquilo que nossos superiores permitem, e com uma finalidade muito séria. Nessas situações, foram feitas viagens ao futuro. Só que não através de máquinas do tempo, mas sim, pela condição anímica, que todos nós possuímos, em graus diferentes. Em todos os casos, haverá sempre a necessidade de termos autorização para isto.

Somos seres que já evoluímos bastante, em termos de inteligência, e ainda iremos evoluir muito mais. O conhecimento é infinito. Entretanto, a nossa moralidade ainda se encontra muito aquém do que deveria. Sem ela, só podemos nos contentar com o que temos, até a presente data, e dar graças a Deus por isso. Sejamos pacientes. Se nós, como seres encarnados, habitando um mundo muito abaixo, ainda, das escalas superiores da evolução espiritual, já conseguimos tantas coisas, imagine como Espíritos libertos da matéria, o que não poderemos fazer. Caminhemos com paciência, prudência, respeito e amor. Somos seres infinitos. Para que tanta pressa?






 

segunda-feira, 20 de março de 2023

Meus Livros

Por Ricardo R. Barros

PUBLICADOS

01 - Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume I - Março/2012
02 - Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume II - Maio/2012
03 - Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume III - Setembro/2012
04 - Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume IV - Novembro/2012
05 - Todos Nós Renascemos - Dias Atuais - Janeiro/2014
06 - Qualidade Total na Casa Espírita - Junho/2021
07 - Universo: Criação, Evolução e Estruturação - Agosto/2022

A PUBLICAR

08 - Mundo Estranho - Um Lugar Diferente - Dezembro/2023
09 - Encontro Marcado com a Morte - Sem previsão
10 - Todos Nós Renascemos - 2a. Ediçao - Sem previsão
11 - Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume I - 2a. Ediçao - Sem previsão
12 - Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume II - 2a. Ediçao - Sem previsão
13 - Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume III - 2a. Ediçao - Sem previsão
14 - Primeiros Passos na Doutrina Espírita - Volume IV - 2a. Ediçao - Dezembro/2016